Tecnologia
Alunos da Escola Sesi participam do Torneio Nacional de Robótica
Estudantes construíram carros de poliuretano para a modalidade F1 Schools Brazil; equipe viaja nesta terça-feira (27) para Brasília, sede do evento
Foto: Divulgação - Equipe é a única representando a cidade na competição
Representando Pelotas, seis alunos do Ensino Médio da Escola Sesi embarcam nesta terça-feira (27) para o Torneio Nacional de Robótica, em Brasília. A equipe Black Mamba Team é a única do Estado que vai participar da competição. Para chegar lá, os estudantes construíram carros a partir de um bloco de poliuretano, impressos em 3D, para o F1 Schools Brazil, uma das modalidades do torneio que imita uma corrida de Fórmula 1.
Gael Botti, Miguel Bittencourt, Eduardo Rewell, Arthur Borba, Bruna Soares e Eduarda Barros. Seis alunos que compõem um time de sucesso: Black Mamba. A equipe, que surgiu na Escola de Ensino Médio Sesi Eraldo Giacobbe, é coordenada por um técnico, o professor Luiz Felipe Wassmansdorf. Através da Black Mamba, os estudantes participam de uma competição a nível internacional chamada F1 in Schools, criada pela própria Fórmula 1 há 20 anos. O objetivo é inspirar e motivar jovens para que explorem carreiras muitas vezes vistas como desafiadoras e complexas.
A competição consiste em elaborar uma escuderia semelhante à da Fórmula 1, criar carros em miniatura, buscar patrocinadores, gerenciar recursos financeiros e promover a equipe para que as pessoas conheçam o trabalho. “Somos a única equipe do Estado a participar dessa competição, estamos muito orgulhosos em representar nossa cidade e nosso estado a nível nacional”, afirma Bruna, uma das integrantes.
De acordo com o vice-diretor tecnológico, Pedro Henrique Boanova, a aprendizagem na escola é baseada em projetos, para que os estudantes pesquisem soluções e busquem resolver situações problemas. “É um projeto que visa a pesquisa científica, trabalho em equipe. É uma empresa que tem suas dimensões”, explica. Para ele, isso traz uma potência e riqueza na aprendizagem dos alunos. “Tem todo um processo de engenharia e de pesquisa que traz uma aprendizagem que eles vão carregar para a vida toda. Além disso, toda parte da experiência de trabalhar em equipe”, diz o vice-diretor.
A equipe
Composta por seis alunos, a equipe possui seis áreas: engenharia, marketing, patrocínio, recursos, projeto social e gestão de projetos. A gestora de marketing é responsável por divulgar a equipe e mostrar para as pessoas a marca utilizando as redes sociais. O gestor de patrocínio é responsável por buscar empresas locais, regionais e nacionais para angariar fundos para o desenvolvimento do carro, estande, portfólios e uniformes da equipe para a temporada, além de manter contato com as empresas para informar o desenvolvimento da equipe. Já o gestor financeiro é responsável por administrar o dinheiro. Os engenheiros ficam com a idealização e concepção do carro para as corridas dentro da competição.
F1 in Schools
Feita em uma pista de 25 metros, duas equipes competem entre si para ver o melhor tempo. O carro se movimenta por uma cápsula de CO2 acoplada na parte de trás do carro. Na pista, há um dispositivo para disparar o carro, que funciona com um pequeno alfinete que perfura a cápsula que, com a grande pressão, corre em alta velocidade, ultrapassando a pista em uma média de um segundo.
Gael, outro integrante, explica como é construído o objeto utilizado por eles. “Nosso carro é feito com matéria prima sendo o Poliuretano, um plástico conhecido pelas suas variações de dureza. Temos que desenhar em CAD o nosso carro e fazemos a manufatura do carro com impressora 3D e fresadora, máquinas da nossa escola.”
Os alunos observam ainda que entendem que projeto social não é uma ação social pontual. Em razão disso, dão continuidade no projeto social da última temporada, que desenvolveu um óculos de realidade virtual com resíduos que seriam descartados como o papelão e retalhos de tecido. “Para esta temporada, a equipe deu continuidade no projeto criando imagens 360º de patrimônios materiais históricos de Pelotas. Assim, entendemos que o óculos de realidade virtual é um importante recurso de aprendizagem”, destacam.
Na terça, a equipe viaja para Brasília e participa do campeonato nacional, que irá durar quatro dias. No evento, um dos destaques é a presença de um estande interativo 100% sustentável para apresentar a equipe e o projeto para o público.
Para acompanhar o trabalho realizado pelos estudantes, a página no Instagram mostra todas as atividades do grupo: @blackmamba.team.
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